domingo, 6 de novembro de 2011

Lembranças de uma mente sem memória


Dia destes estava tentando lembrar das coisas de criança, e percebi o quanto é difícil lembrar de momentos incríveis e mágicos que se perderam pelo tempo.


Lembrar da infância, quando minha mãe não me deixava ver filme de terror, e eu ia dormir com raiva, saudade de quando eu assistia escondido e não conseguia dormir com medo do Freddy Krueger, sinto falta de quando eu saia pra rua pra tomar banho de chuva ou passar a tarde toda jogando futebol com meus amigos "grande amigo Sabão, Júnior Miguel etc", saudades de quando faltava energia a noite e o "pique-esconde" se tornava mais eletrizante.
Sinto falta de ficar ouvindo as fofocas da minha irmã com as amigas quando iam lá em casa "eram assuntos extremamente evoluídos para uma criança", saudade de quando minha avó Esther cantava toda noite corinhos da Harpa Cristã "Glória, glória aleluia, vencendo vem Jesus" ou quando ela fazia um esforço pra comprar um pãozinho pro café da tarde.
Poxa vida como não lembrar daquela amizade que me mostrou o rock and roll "cabeludo da rua".
Impossível de esquecer da semana que passei me alimentando apenas de pão por opção e tive uma desnutrição, fui parar no hospital e antes que me dessem alta, sair do hospital e peguei o primeiro ônibus quando me vi estava no centro da cidade "inocência pura", e claro que não posso deixar de lembrar das dificuldades que passei e que agradeço à Deus porque hoje entendo o quanto foi importante essa dificuldade para estrutura da minha vida e formação da pessoa que sou hoje. 

Não é fácil lembrar de tudo...


É tão difícil lembrar esses momentos e tão difícil viver momentos similares, é tão difícil viver momentos melhores, olhar para o lado e ver que nada nos agrada, então descobrir que ficar parado e reclamar da vida não vai mudar nada, precisamos agir e viver, pois assim teremos momentos inesquecíveis.


Flávio Vilar 


"Os Dias correm e somem, e com o tempo não vão voltar só há uma chance pra viver" (Rosa de Saron)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ilusório



Hoje acordei, mas é como se eu continuasse dormindo... Não sei ao certo se acordei mesmo ou se estou sonhando.
Sei que pessoas passam o tempo todo por mim, escuto vozes, e telefones tocando, mas eles não me veem, não sentem minha presença.
Vejo o sol tocar em mim, mas meu corpo não sente o seu calor, continua sem reagir.

O que será que está acontecendo?

Aos poucos fui sentindo o vento frio e depois a lenta chuva que passou por toda manhã e ainda voltou algumas vezes durante o dia. A cidade foi entardecendo em brumas. Então, fui esquecendo o trabalho os compromissos, fui sentindo aos poucos uma brisa agradável. Percebo o capim cheio d'água, molhava os sapatos e as pernas da calça; o mato escurecia sem vagalumes nem grilos.

Pus as mãos levemente no tronco de uma árvore pequena, sacudi um pouco, e recebi nos cabelos e no rosto, as gotas de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a cidade murmurava, estalava com seus ruídos vespertinos, ranger de buzinas impaciente de carros, vozes indistintas; mas eu via apenas uma árvore, um canto de mato, uma pedra clara e aos poucos fui sentindo um sono agradável.

Por um longo instante, voltei meu pensamento para os milhões de atos falhos da vida que vivia. Lembrei aquele amigo que poderia ter visitado por quem sempre fui cobrado, do livro que poderia ter lido, pensei na pessoa que está distante agora e que me faz tão bem, lembrei que eu poderia ter dito mais “eu te amo”, poderia ter vivido mais no limite, poderia ter feito ou deixado de fazer mais, poderia ter feito mais descobertas, poderia ter errado mais ao invés de sempre procurar fazer o correto, e talvez aprender com meus erros, poderia ter beijado na chuva, receber um elogio sincero, passar o dia todo de pijama, reunir a família, poderia ter aceitado mais ao invés de ponderar, poderia ter chorado mais ao invés de engolir o choro.

E pouco a pouco, fui sentindo uma paz naquele começo de escuridão, senti vontade de deitar e dormir entre a erva úmida, de se tornar um confuso ser vegetal, num grande sossego, farto de terra e de água; ficaria verde, emitiria raízes e folhas, meu tronco seria um tronco escuro, grosso, meus ramos formariam copa densa, e eu seria, sem angústia nem amor; sem desejo nem tristeza, quieto, imóvel e feliz.

O que adianta pensar no que fiz, e o que não fiz...

Estou morto!

"Viva o momento presente com intensidade. Pare alguns minutos para refletir. Agradeça por estar vendo um arco-íris, por sentir uma brisa no rosto, diga sempre que poder “eu te amo” verdadeiramente. Não reclame se está chovendo o dia inteiro. Quando der, saia na chuva para andar".


Flávio Vilar.



Um agradecimento em especial para minha amiga Aninha França "xerim"... Pois sua participação foi fundamental para inspiração do texto.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eu, você, que mais seria?



(...)Eu, você, que mais seria?
Me sinto bem, a vontade, feliz!
A vida realmente é engraçada e inusitada, e o mundo é realmente pequeno, as vezes ou melhor, na maioria das vezes a vida coloca diante de nós, pessoas que nunca percebemos e que estão próximas, e as vezes só há aproximação através de meios "ilusórios"... E quando se dar conta, tem tudo haver(...)

Caixinha de surpresa esse algo maravilhoso e ao mesmo tempo duvidoso chamado de vida, pois você percebe que a vida é cheia de indagações e de táticas que não fazem o menor sentido, pelo menos para você ou pelo menos naquele momento.

Encontrar o "alguém especial" como realização da felicidade não tem nada a ver com compreender e sim viver, pois a felicidade existe para todos, mas nem todos estão prontos para vivê-la.... O alguém especial pode estar muito mais próximo de você ou então muito mais longe, depende de como iremos aceitar a felicidade em nossas vidas.

Experiências mil, a vida nos proporciona e a felicidade faz parte disso.
Descobrimos que nem todas as pessoas são maravilhosas e que os relacionamentos, às vezes, não suportam o desgaste do tempo. Conflitos surgem e, por vezes, nos fazem duvidar. Incompreensão, abandono ou traição entram na vida de alguns. Descobrimos também que aquele alguém que você considera especial (ou acha que é especial) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida. Mas percebemos depois, que isso tudo era necessário para entendermos que ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Se existe alguém especial, primeiramente esse alguém é você. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você, pois "O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você".

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Flávio Vilar.



Um agradecimento todo especial à Lílian S7..., seu texto foi base,  me ajudando assim ficar em um estado da alma quando influenciado por uma potência sobre natural. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Viva grandes detalhes de pequenas coisas


Um dia vi uma reportagem num programa dominical, sobre um casal que vivia isoladamente no interior do Maranhão. O repórter fez uma pergunta... "Se eles eram felizes?" Sem pensar categoricamente responderam "...

Confesso que de imediato após ouvir a resposta, me surgiu uma critica, mas ao mesmo tempo, me fez refletir que passamos a vida e muitas das vezes dispersos de mais, buscando certa "felicidade" na qual nem entendemos direito. Mas como seria essa felicidade?

Nunca a lua está ao alcance de nossas mãos. Nunca o fruto está maduro, nunca o vinho está no ponto.
Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema, queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton ou uma temporada num hotel cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah! o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno, queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda à domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito, e mesmo assim, nunca estamos satisfeitos.

Mas, há uma forma melhor de viver. A partir do momento em que decidimos ser feliz, nossa busca pela felicidade chegou ao fim.
É quando percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa. E jamais está à venda.
Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós para ter alegria, estamos fadados à decepção. A felicidade não tem nada a ver com conseguir, e sim, viver!

Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos. Poucas coisas são necessárias para fazer feliz o homem sábio, ao mesmo tempo em que nenhuma fortuna satisfaria a um inconformado.

As necessidades de cada um de nós são poucas. Enquanto nós tivermos alguma coisa a fazer, alguém a amar, alguma coisa a esperar, seremos felizes.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.

"...Um dia ouvimos falar que viver é aprender e que as grandes coisas é que não dão certo e sim os pequenos detalhes, nosso mundo é esse, ou seja... Vivemos grandes detalhes de pequenas coisas. Essa é a nossa felicidade..." Talvez ao isolar-se o casal encontrou uma multidão de felicidade...

É isso que vou procurar acreditar!

Flávio Vilar.



Agradeço a todos que me ajudaram como fonte de inspiração...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O que os olhos não veem, o coração sente e as mãos escrevem...



Very important porque desde o momento em que nasci, por todo o tempo que cresci. Você comigo, estava sempre ali. Você sempre foi um exemplo para mim, sempre, a melhor! A maior!

Very important porque fostes uma guerreira, batalhadora e mulher de verdade para encarar a vida de uma forma que só você sabe e soube muito bem ensinar, com muita humildade, sabedoria, compreensão e dedicação de uma mulher sábia e vitoriosa... Se te magoei um dia?!?! Mil desculpas, pois tenho certeza que são águas passadas e coisas da idade.

Very important porque sei que sempre terei uma amiga para todas as horas, e que sem você não seria nada nesse mundo facínora que não tem nada a nos oferecer. Agradeço muito à Deus por você existir em minha vida... Sei que isso é pouco, mas muito obrigado por existir e ter formado a pessoa que sou hoje.

Mãe... Feliz dia dos pais!

Eu te amo... Seu eterno filho.



Aqui, minhas simples palavras deixo, esperando que em algum momento você as leia. E entenda...

Pai... Na sua morte ficarei alegre, pois me deixas-te triste na tua vida.
Pai... Na sua morte ficarei quente, pois me deixas-te frio na tua vida.
Pai... Na sua morte ficarei visível, pois me deixas-te invisível na tua vida.
Pai... Na sua morte ficarei natural, pois me deixas-te artificial na tua vida.
Pai... No seu enterro vestirei branco, pois me deixas-te de luto na tua vida.
Pai... No seu enterro ficarei emerso, pois me deixas-te imerso na tua vida.
Pai... No seu enterro ficarei na luz, pois me deixas-te na sombra na tua vida.
Pai... No seu enterro ficarei colossal, pois me deixas-te um nada na tua vida.

Terei pena do seu destino, pois você vai sofrer em vão... Sangrou toda esperança que nutria em meu coração. Mas, se você resolver depois querer voltar... Precisa bem entender que posso até perdoar, mas não reconciliar...

Obrigado pelo ótimo pai que serei...

Flávio Vilar.



-Peço desculpas pelo desabafo...


domingo, 7 de agosto de 2011



E aí Galera! Td bem?

Esse post é apenas um comunicado muito satisfatório... parcerias são feitas ao longo de nossas vidas... E isso é uma prova que nesse mundo nunca estamos a sós.

Indico à vocês o Blog escrito por Ariel Vilar, onde você verá atualidades, opiniões, críticas e tudo que está bombando na net ultimamente além de músicas e várias coisas maneiríssimas...

Acessem e comentem... http://ariel-vilar.blogspot.com/



E aguardem um futuro post do Mundo facínora, breve, breve estará disponível com participações de Ariel Vilar... espero que gostem...!!!


Flávio Vilar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Gente grande



Ultimamente ando um pouco disperso as responsabilidade da vida adulta, tem me sugado tanta energia que as vezes acho que não vou aguentar a pressão, sei que todos nós temos um pouco da "síndrome de Peter Pan", encarar que é o problema, pois crescer em muitas das vezes pode ser assustador, passamos por conflitos internos e por vezes doloroso...
É quando você começa, a saber, distinguir o certo do errado, o estúpido do que faz melhor sentido. É quando você abandona seus medos infantis e sai com a cara e a coragem, quando você resolve correr atrás dos seus sonhos sabendo que entrou no desafio para realizá-los custe o que custar. É quando você descobre que sua família não é tão perfeita quanto parecia há alguns anos atrás, mas o amor só cresce independentemente disso ou quando você percebe que seus pais também envelhecem.
Aprendemos com o passar do tempo e após alguns sofrimentos... Sabemos que nem todas as pessoas são maravilhosas e que os relacionamentos, às vezes, não suportam o desgaste do tempo. Os conflitos surgem e, por vezes, nos fazem duvidar. Incompreensão, abandono ou traição entram na vida de alguns. Com certa frequência desencantamos e, de repente voltamos a nos encantar. As feridas dos relacionamentos se curam quando o amor e a compreensão voltam a renascer, essa é a vida adulta por vezes duvidosa em nossa mente. É saber que oportunidades existem para todos, mas talvez você esteja disperso demais para percebê-la procurando coisas desnecessárias.
Você começa analisar que se tornou mais sensível aos sentimentos relacionados a vida adulta, pois, perante ela, somos limitados, temos prazo de validade, portanto, mudar pode ser assustador, mas faz parte de crescer. 

É assim que agente descobre quem agente é e quem agente vai ser...

Flávio Vilar

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um dia daqueles


Ás vezes estamos tão angustiados e intolerantes que nada parece dar certo. Todo mundo já passou por algumas dezenas de vezes. É o famoso dia em que não deveríamos levantar da cama...
Foi um belo dia desses que comecei a enxergar, enfim... Dias assim são ótimos para fazermos uma auto-análise de nossas vidas, atitudes e caminhos tomados. É um exercício por vezes doloroso, já que somos sinceros com nós mesmos, sendo duros nas avaliações e vereditos. Secos e diretos nossos pensamentos nos apunhalam com aquelas verdades que vivemos "velando", seja por falta de tempo, compromisso ou vontade de mudar.
Nesses dias lembramos aquele amigo que nunca visitamos, do livro que continua na estante esperando ser devorado, pensamos na pessoa que está distante que nos faz tão bem, os trabalhos da faculdade que faltam ser feitos e o acúmulo de trabalho que nos amedronta na mesa ao lado do computador. Sem contar às contas que não param de chegar, o telefonema que ficou pra ser feito em outra hora e a bendita dieta que sempre vai ser iniciada na segunda feira, só não sabemos de qual mês ou ano.
Eu, particularmente, quando estou aborrecido me detono. Faço uma auto-análise de "tirar o couro" e depois a minha catarse é ouvir os sons que curto, escrever e dar um basta nas minhas pendências, organizando tudo que for possível.
Dias posteriores a este, são produtivos ou então mais apáticos, depende de como iremos aceitar nossas críticas e esporros. Fazemos planos, organizamos horários, folheamos o livro que estava ansioso na estante e dormimos pensando em como foi bom conversar com nós mesmos, mesmo que tenha sido cruel, triste e desgastante. Foi necessário!

Flávio Vilar.

-Dedico o primeiro post a vc... que foi fonte de minha inspiração.